Lança do Deus Sapo (Grungnir)

 


Ubirajara sequer despediu-se de seus companheiros quando decidiu sair momentaneamente da sede da Ordem da Arca no começo daquela noite. A lua rubra havia parado de sangrar nas últimas duas noites e o som do coaxar dos sapos soava como um chamado pelas ruas úmidas dos subúrbios da Torre. O deus sapo voltou à chamar seu campeão e ele resolvera segui-lo sem pestanejar.

Guiado pelo senso instintivo, Ubirajara novamente alcançou o lar de seus irmãos batráquios, o Pântano dos Juncos, lar de Catoblepas e também o lugar em que a divindade Inghplsplthgt, filho da própria Yunnah, costuma visitar os mortais dentro de uma ruína denominada "A Garganta do Deus Sapo". Mais uma vez, Ubirajara adentra a caverna esculpida em carne e verrugas, cuja transpiração de uma criatura imensa ecoa pelos corredores e prenuncia a chegada do próprio deus sapo.

Pesado como uma montanha, o ser pantanoso surge com seus olhos vermelhos diante a penumbra da caverna e seu hálito esbofeteia o rosto de Ubirajara que se ajoelha em reverência. A voz barítona aquece os ouvidos do guerreiro batráquio que empunha, naquele momento, sua lança de bronze:

- Sangue foi derramado e o olho cego de Yunnah foi banhado. Você lancetou o coração de seus inimigos, servo batráquio?

Ubirajara assentiu com a cabeça.

- Então, deixa-me mostrar-lhe algo...

O deus sapo estende sua enorme língua adiante Ubirajara e exige a lança presenteada outrora, a qual é disposta ali para ser imediatamente engolida e posteriormente cuspida junto à uma forte ventania. A lança finca em uma das rochas da caverna e aos poucos torna-se amarronzada e envelhecida, até que finalmente cede ao poder do deus sapo e torna-se ferrugem levada pelo vento.

Ubirajara, de olhos arregalados, vê sua preciosa arma mágica sucumbir aos desejos daquele divindade:

- O que Ubirajara fez de errado? Ubirajara se esforçou para eliminar inimigo! - questiona o batráquio.

- Não pense que aquela simples lança de bronze seria uma arma digna para um campeão de
Inghplsplthgt. Há muito plantei uma arma neste chão em que transformei num pântano. Um presente do próprio Asafe aos filhos de Yunnah, para diminuir a dor de nossa mãe. É uma semente de folha-espadeira semeada por antigos espíritos... a semente, entretanto jamais brotou, pois precisava ser regada pelo sangue conquistado por um de meus campeões.

Meia dúzia de homens-sapo adentram a caverna carregando jarras de cerâmica. Ubirajara continua atônito.

A primeira dupla de batráquios despeja no chão o líquido vermelho e vicejante da primeira jarra.

- O sangue feral da criatura denominada Sakrat, a mantícora!

A segunda dupla faz a mesma ação, e o deus sapo continua:

- O sangue de um inimigo de valor, marcado pela magia humana!

Finalmente, a terceira dupla termina de despejar as últimas gotas de sangue na mesma poça:

- O sangue de um amigo, morto por mãos clementes!

Em instantes, uma ponta de aço acinzentado e quebrado brota da caverna úmida e se desenraíza vagarosamente, envolta pelos galhos e trepadeiras do Pântano dos Juncos.


 - Esta é Grungnir, a lança do deus sapo. A arma capaz de invocar e dissipar o dilúvio de lama! Agora é sua, enquanto mostrar-se de valor.


Ubirajara arranca a lança do chão, arrebentando suas raízes profundas e manejando-a como uma arma muito familiar.

- Alimente-a com as mortes certas e ela vicejará, tornando-se mais digna e poderosa, vassalo. Começaremos com Skulnar, o demônio aranha.

Características de Grungnir, a lança do deus sapo

Bônus de encantamento: lança +1 (leia adiante)

Subaquática: você não recebe penalidades ao usar Grungnir embaixo da água;

Alterável: através de um comando e uma ação de movimento, a lança do deus sapo pode ajustar seus galhos e raízes para se adequar à ação de ataque de seu portador. Você pode alternar o tipo dessa arma para um dos seguintes à vontade:

Lança +1, Lança curta +1 ou Azagaia +1

Missão: Caçar e matar Skulnar, o demônio aranha.






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