A Inquisição


Sobre o Tratado da Limitação Arcana


Com o fim da Quarta Era veio a vitória das raças mortais sobre o culto de Saulot. A conquista, porém, custou um número incontável de vítimas. Mortes que nunca poderão ser contabilizadas. A necromancia passa a ser vista como a mais maléfica das armas e, ao mesmo tempo, os humanos compreendem que a solução não é proibi-la ou descartá-la, mas fazer justamente o contrário: torná-la alvo de compreendimento profundo para que se possa contra-atacá-la quando as Hordas Trôpegas ganharem forças novamente.

A visão dos humanos é questionada pelos elfos. Sob a motivação de arrependimento por terem presenteado os humanos com a magia arcana e assim terem sido, indiretamente, os responsáveis pelas consequentes guerras da era, os elfos ameaçam subjugar os humanos para que estes não subjuguem o mundo e levem tudo à destruição.

Temendo outra grande guerra (que culminaria na derrota dos humanos que já tinham seus exércitos bastante reduzidos), a Ordem Arcana de Mordae propõe aos elfos o Tratado da Limitação Arcana. O tratado imporia uma lei que faria humanos e elfos trabalharem juntos na supervisão e vigilância das artes arcanas de magos e feiticeiros.

Para possibilitar essa vigilância, todos os humanos e suas meia-raças que sejam magos ou feiticeiros em Draganoth devem ser marcados com uma marca arcana especial, conjurada no sangue do indivíduo, que aparece como um símbolo visível da Ordem Arcana na pele e que não pode ser dissipado, de nenhuma forma. A esta marca arcana especial deu-se o nome de Insígnia e ela permite que seus portadores sejam vigiados pela Ordem Arcana e a Inquisição afim de que esses grupos possam limitar o uso de magias profanas ou uso exacerbado das artes místicas para proveitos nefastos.

Apenas humanos, meio-elfos e meio-orcs são alvos da Lei da Limitação Arcana. Essas raças representam a linhagem humana como um todo e esta foi a única a aderir à lei, sendo assim, nenhum elfo, anão, halfling, gnomo ou demais raças podem adquirir a Insígnia. 

Apenas as classes feiticeiro e mago aderem à Insígnia. Outros conjuradores arcanos, como os bardos, possuem magias demasiado sutis e uma limitação de poder notável em relação às classes requisitadas.

Sobre a Insígnia

Ser marcado pela Insígnia é um processo simples, indolor e inofensivo. O ritual exige uma cerimônia de poucos minutos realizada por um superior da Ordem Arcana de Mordae sob a supervisão de um elfo da Inquisição e um representante da linhagem humana de sangue real. A Insígnia não limita o uso de magia arcana ou impede seu aprendizado. Ela não é nociva ao seu portador e serve apenas para que a Ordem Arcana e a Inquisição tenham vigilância da magia arcana conjurada por humanos pelo mundo.

A Insígnia, entretanto, denuncia quando uma magia maligna muito forte ou o uso exacerbado de certas magias é conjurada pelo portador. Através das magias de adivinhação e dos próprios inquisidores, a Inquisição rastreia e busca informações sobre o mal uso do arcanismo pelos humanos. Através deste aviso a Inquisição vem impedindo a existência de magos ou feiticeiros escravistas, cultos à magia negra, à criação de magias proibidas e, até mesmo, a invocação de seres extraplanares permanentes em Draganoth.

Embora seja perceptível como uma marca avermelhada na pele, a Insígnia é uma magia que penetra o sangue e não pode ser dissipada ou apagada de forma convencional. Ela não precisa estar à mostra, mas não pode ser disfarçada por magias de transmutação, ilusão ou efeitos similares. O portador, entretanto, escolhe qual o lugar do corpo em que a Insígnia estará visível. Se, por acaso, o lugar de escolha da Insígnia for mutilado (como uma Insígnia tatuada na mão, por exemplo), ela reaparecerá no lugar mais próximo do membro retaliado. Ela retornará à localização original se o membro for regenerado de alguma forma.

Finalmente, a Inquisição desenvolveu uma magia nomeada detectar insígnia que permite detectar e identificar a Insígnia em um conjurador arcano marcado.

Detectar Insígnia
Mag 1
Componentes: V, G
Tempo de formulação: 1 ação
Alcance: 18m
Alvo: um indivíduo reconhecidamente mago ou feiticeiro.
Resistência: não
Resistência à magia: não

Esta é uma magia criada pela Inquisição para detectar e analisar a Insígnia. Ela atua sobre um alvo durante três rodadas, informando as seguintes informações a cada rodada:

  1. Presença ou ausência de Insígnia;
  2. Potencial do feiticeiro ou mago portador de Insígnia (o nível deste comparado ao nível do conjurador da magia);
  3. Informa a escola especializada do mago ou a linhagem do feiticeiro portador da Insígnia.
Não é necessário enxergar a Insígnia para que a magia opere, porém é preciso reconhecer o indivíduo como conjurador arcano mago ou feiticeiro para que a magia produza efeitos. 

A Insígnia é uma círculo mágico denominado, pela Ordem Arcana, como o Olho de Cedric. A partir deste símbolo, a Ordem Arcana é capaz de supervisionar todos os magos e feiticeiros marcados. A Insígnia brilha fracamente quando um conjurador arcano marcado conjura magia.


Sobre a Inquisição

Vista, por vezes, como a entidade vilânica da Quinta Era, a Inquisição supervisiona, educa e limita os humanos que são conjuradores arcanos. Os negligentes arcanos, em sua maioria, entendem a Inquisição como uma forma de subordinação da raça humana para com a élfica. Os elfos, entretanto, tentam convencer aos humanos e ao resto do mundo que não é isto o proposto pela ideia da Inquisição.

A Inquisição trabalha em conjunto com a Ordem Arcana de Mordae e com os grandes reinos: Citadel, Azran e Sazancros, para que estes possam divulgar e educar a população humana em suas terras e nas regiões fronteiras. Assim sendo, a Inquisição opera em todo o reinado, inclusive nos reinos menores.

Os reinos de Citadel, Azran e Sazancros possuem estabelecimentos da Ordem Arcana denominados Insignatários onde magos e feiticeiros de todo o mundo podem passar pela cerimônia de marcação e adquirir a Insígnia gratuitamente.

Esta é a lista de obrigações da Inquisição e, por consequência, de seus inquisidores:
  • A Inquisição deve deter o mau uso da magia arcana advinda de feiticeiros e magos;
  • Em essência, a Inquisição é diplomática. Uma de suas principais missões é justamente a de educar e informar aos humanos a importância dessa vigilância até mesmo para a segurança destes;
  • As três perguntas mais anunciadas pela Inquisição a um negligente arcano são: porque você não porta a Insígnia? O que você faz com suas habilidades arcanas? Quem te influenciou a não obter a Insígnia? 
  • Quando um negligente arcano é capturado, o inquisidor normalmente possui três escolhas: a primeira é escoltar o negligente até um dos grandes reinos para a realização da cerimônia de obtenção da Insígnia, a segunda é arrastar o negligente arcano, à força ou através de uso de magias paralisantes, até o julgamento da Inquisição, que pode ser realizado em qualquer um dos grandes reinos e a terceira é eliminar o negligente arcano, caso ele torne-se potencialmente perigoso e incontrolável.


Allasëer Adhalion Nuvanerrëe, um dos senhores da Inquisição

Punições de um negligente arcano

Chama-se negligente arcano qualquer mago ou feiticeiro humano, meio-elfo ou meio-orc que não carregue a Insígnia, seja por ignorância ou vontade própria. Se a Inquisição não convencer ao negligente sobre a importância da Insígnia, ela agirá de forma rápida e consequente, capturando ou eliminando o negligente.

A eliminação é necessária caso o negligente arcano seja potencialmente perigoso ou incontrolável, como um feiticeiro maligno que domina uma cidade inteira com sua tirania ou um necromante da Mortalha. A eliminação também é necessária em qualquer negligente que tenha seu nome catalogado na Lista Negra da Inquisição.

A captura é realizada em qualquer negligente arcano que, porventura, negue a marca da Insígnia e recusa-se por qualquer motivo de portá-la, mas que não realize qualquer ação maligna ou tirânica com suas habilidades arcanas. A captura de um negligente arcano gera uma punição para o mesmo.

O negligente arcano que seja levado à força para a Inquisição ou qualquer Insignatário dos grandes reinos passará por um julgamento realizado pela Inquisição, a Ordem Arcana de Mordae e a justiça do grande reino em que o réu foi encontrado (representação judiciária, caso o indivíduo não pertença a um dos grandes reinos). As punições normalmente são as seguintes:

  • O negligente é, simplesmente, marcado pela Insígnia, à força;
  • O negligente é marcado pela Insígnia e obrigado a realizar um missão de remissão à Ordem Arcana, à Inquisição ou à justiça aliada;
  • O negligente é marcado pela Insígnia e obrigado a manter-se na Ordem Arcana para melhor educação e informatização sobre a importância da lei da limitação arcana;
  • O negligente será aprisionado por tempo determinado ou indeterminado na Prisão de Andaluz, em Shantae, terra da Inquisição;
  • O negligente é eliminado. Essa punição dificilmente se concretiza, uma vez que tal ação provocaria um arrebatamento diplomático sobre a Inquisição e a Ordem Arcana, mas, por vezes, por motivos que somente os envolvidos acabam sabendo, a eliminação torna-se necessária.  

A Lista Negra de Mordae

Mesmo com poucos anos de existência e ofício, a Inquisição possui uma lista com os nomes dos negligentes arcanos mais conhecidos. Um anátema arcano, como são conhecidos, são caçados e eliminados, mas, a preferência da Inquisição é de capturá-los vivos para subjugação e apanho de informações.

Um Inquisidor que capture um anátema arcano é presenteado com status e o conhecimento denominado "A erudição inquisidora", termo usado para discernir as informações e conhecimentos que somente os membros do alto status da Inquisição possuem.

A Inquisição e as alianças

Além da união com os três reis das linhagens humanas, a Inquisição possui contatos entre as demais raças e outros representantes:

  • Os meio-elfos são vistos como uma neutralidade significativa entre humanos e elfos e, por isso, uma prova física de que pode haver respeito e polidez entre as duas raças. Por causa disso, os meio-elfos são representantes políticos bastante apreciados nesse quesito e, consequentemente, são juízes no tribunal de punição e defesa de negligentes arcanos;
  • A Inquisição pactuou com os anões no começo da era e, a partir dessa aliança, a segurança de artefatos e informações dos elfos são amplamente maiores quando são depositados na caixa-forte do reino anão de Corantha.
  • A Inquisição tenta atribuir termos e condições com os templos e religiões humanos, principalmente quando se refere à crença de Lorde Splendor. Propagar a paz entre a visão élfica e a religião dos humanos é algo importantíssimo para a Inquisição, principalmente devido as performances diplomáticas.





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