Promovida
pela agradável sombra de uma árvore viva gigantesca e do ar fresco soprado das
redondezas de um rio abençoado por celestiais, Cadic vem atraindo cada vez mais
mercadores e aventureiros dia após dia. A cidade das maçãs douradas é o ponto
central entre muitas outras localidades (às vezes, sendo a única potência
comercial de especiarias e itens maravilhosos para os lugares que a acerca). Toda
essa atratividade somada a um recente tratado entre a regente da cidade e um
grupo de comerciantes influentes, tornou a Zona Comercial de Cadic um centro de
mercadorias apreciado por grupos de aventureiros e andarilhos com pesados sacos
de ouro na mochila.
A
sombra do grande ente, além de proporcionar um clima agradável, também garante
algo peculiar à cidade, fator determinante para atrair curiosos. A Taverna do
Dragão Uivante, apesar de não apresentar a pomposidade de muitas tavernas
conhecidas de Citadel, Corantha e Rivergate, é, praticamente, cultuada por
muitos aventureiros e seus quartos estão, quase sempre, lotados. Se você
aprecia uma boa canção e deseja conhecer histórias ou, talvez, saber o ponto de
partida para sua próxima aventura, a Taverna do Dragão Uivante é frequentada,
diariamente, por Javert, o sabe-tudo, e a recente revelação bárdica, Jackson,
vencedor do violino de ouro e de uma disputa com o Grilo Falante dos Bosques
Rubros.
A
cultura da cidade de Cadic é muito diversificada, adotando as pitorescas
superstições dos antigos em relação às travessuras das fadas (podemos sempre
encontrar um prato de leite posicionado nas janelas escancaradas das casas ou
pequenas lembrancinhas amarradas em cordão nas árvores que cercam as
redondezas), a ordem autoritária do exército de Azran, próxima ao palácio da
cidade, a arte perfeccionista e embelezada dos elfos e seus templos antigos que
foram transformados de ruínas à uma encantadora e vasta construção contendo
quedas d’água e espelhos brilhantes, e, finalmente, a presença tribal e recente
dos orcs aliados ao tratado de Lorde Albion e os líderes de Katarsh’motta, até
então, vivendo harmoniosamente com a diversificada população.
“Ainda
há muita coisa a ser implementada em Cadic”, revela Eirika, sócio
administradora no palácio da cidade, “Mas, se contarmos que este lugar ainda está
se regenerando das últimas catástrofes ocorridas, estamos num ritmo acertado”.
“Nós,
orcs, estamos agradecidos pela ajuda da regente ao nos oferecer um lar onde
podemos viver adequadamente”, diz Fulgore, o vermelho, um tipo de líder do
bairro orc da região, “Nossa nova religião está crescendo aqui e, até então,
não sofremos nenhum preconceito vindo da parte do governo desta cidade, muito
menos da população. Um dia ela toda será abençoada pela divina chama.”
“A
proximidade com os Bosques Rubros me deixa muito próximo do véu das fadas e,
por isso, me sinto à vontade aqui, como se estivesse na minha própria casa”, é
a argumentação de Arquimedes, um tarou que pratica experimentos nas cavernas ao
redor de Cadic com o consentimento da regência.
Em
relação aos elfos e a Inquisição conseguimos juntar as seguintes opiniões:
Lady
Ignite, regente de Feranir, cidade ao sul de Cadic:
Até então, Ophellia, a
regente de Cadic, tem ouvido nossas vozes e cooperado com nossos serviços. Ela é
uma líder recente e parece bem inexperiente para esse título, mas, aparentemente,
ela sabe em quem deve confiar.
Melanias,
dono do Templo de Laurë, em Cadic:
A regente desta cidade age
como uma serva, mais do que como uma líder. Felizmente ela tem os elfos como
aliados e nós não vamos deixar coisas ruins aconteceram à Cadic. Admiro sua
atitude de humildade. Considero esse lugar um lar permanente.
Anônimos também nos deram opiniões e
ressaltaram aspectos negativos da cidade, embora a considerem um lar fortuito
para qualquer habitante.
O que mais gosto em Cadic é a
sua excentricidade. Aqui é o único lugar do mundo em que elfos e orcs convivem “harmoniosamente”,
temos uma líder que foge com os seus deveres e abandona a cidade frequentemente
por dias, um clérigo de Valerie que compactua com uma monstruosidade que
inflige todo tipo de dano aos dogmas de sua divindade, uma monstruosidade que
expressa semanalmente seu rancor para com humanos e é, de qualquer forma, parte
dos guardiões da cidade, um fantasma que assombra livremente as redondezas, uma
elfa da Inquisição que foge apavorada dos negligentes, um mago dorminhoco
juntando poeira, ao invés de pergaminhos e grimórios e um bando de devotos
fanáticos sem templos para orar. Tem gente que é muito bom em construir
castelos de cartas...
Além da milícia, Cadic também conta
com um grupo de aventureiros que, pouco a pouco, vêm ganhado fama devido a
aventuras bem-sucedidas, livrando não somente a própria cidade do perigo, mas
também suas redondezas. Esses heróis são conhecidos como a Távola de Cadic e só
não informamos como e por quem ela é composta, pois não temos certeza de quem está
dentro ou fora dela.
Cadic atrai aventureiros dispostos a
juntar riquezas que os bosques da cidade podem prover, já que o lugar acumula
uma quantidade inúmera de ruínas que podem datar desde, aproximadamente, os
anos finais da Segunda Era!
As
maçãs douradas, apesar de serem continuamente lembradas pelos habitantes da
região e por historiadores, não voltaram a florescer na cidade, apesar de
termos notícias de que Ophellia tem posse de um dos frutos das antigas e
miraculosas macieiras.
Cadic também é conhecida por adotar
um genioso aparato mecânico capaz de escavar e mudar o fluxo dos braços do rio
das lágrimas. Esta é a forma que a cidade conseguiu restaurar a vida do bosque
e, velozmente, ele vem perdendo o aspecto corrompido de árvores de folhas
cinzentas que a Mortalha havia contaminado no lugar.
Eu visitei Cadic recentemente
e poderia descrever a cidade com poucas palavras: um lugar de gente bondosa,
aspecto pacífico, filosofias mal pensadas, cuja maior mácula e bênção é a
ingenuidade de seus habitantes – argumentou
Lufahic, indisposto a explicar suas observações.
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