Até onde vão os direitos dos elfos?
Desde
o início dos meses feéricos, os elfos vêm mostrado o poder que eles incidem
sobre nós desde o primeiro dia do mês da fênix, primeiro ano da Quinta era,
quando ocorreu a assinatura do Tratado da Limitação Arcana. Desde esse período,
trezentos e doze arcanos considerados negligentes foram apanhados e
transferidos para a prisões de Shantae ou para o reforço de conscientização ao
negligente situado no reino de Mordae. Apenas 32% desses casos tiveram suas
causas anotadas em pergaminhos muito bem escritos e entregues aos regentes de
cada reino ou aldeia.
O
esclarecimento que os elfos da Inquisição nos fornece, de acordo com a última
entrevista realizada ao divã da madame
Minerva, é a de que o serviço de caça, captura e conscientização de
negligentes é uma tarefa burocrática, nada lucrativa e que requer mais do que a
simples obtenção de respostas extraídas dos páreas, sendo estas alcançadas
através de métodos comuns (que incrivelmente acabam tendo resultados mais
precisos) quanto arcanos.
“Os elfos estão purificando a
antiga terra, tornando-as férteis e sagradas como quando eram em meados da
Primeira e Segunda Eras, isso requer bastante atenção e trabalho. Resgatar os
templos yeshuas enterrados pelo mundo acaba sendo essencial para se obter
resultados cada vez mais satisfatórios. A magia dos elfos é eterna e ela é a
chave para ressuscitar a segurança que o mundo necessita”, revelou em folhetim
o superior da Inquisição Adhalion Nuvanerrëe, nas poucas vezes que resolveu se pronunciar.
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Adhalion Nuvanerrëe |
Enquanto
os elfos têm a permissão de fazer seus serviços conforme queiram devido às
regras catalogadas no tratado, lotes de terras dos reinos de Draganathor,
Sazancros e Azran estão sendo ocupados pelos líderes da Inquisição e estes
costumam ter mais poder, no que se refere à própria regência do lugar, do que os
próprios reis. “Estamos presos a regras e sem regras o mundo não tem evolução,
não é? Temos que confiar mais em nossos irmãos elfos” expressa sua opinião o
rei e lorde Aisenn Daegonheart, de forma simples e sucinta.
Azran é o reino que tem mais
recebido a visita da Inquisição. Lá, dois templos yeshuas foram reerguidos ao
redor da cidade de Cadic, cuja regente trata-se da própria filha de Lorde
Albion, a princesa Ophellia Leonheart que diz: “Se faz parte do tratado que meu
pai assinou, é aceitável. Desde que os desapropriados não fiquem sem lugar para
morar”. A regente de Cadic, atualmente, fez a audaciosa escolha de abrigar duas
dezenas de orcs em suas terras, já que estes “desapropriados” se apropriaram
das terras ao sul de Azran graças à decisão ímpar de Lorde Albion supostamente
influenciado pela benevolência de sua mulher, a Rainha Magdalen.
“É bom saber que esta é a opinião
de Lady Ophellia. Isso facilita e pondera nosso tratado.”, revela Lady Ignite,
a regente de Karma’inïr, como foi
nomeada a antiga terra e província de Feradûr, antes pertencente aos orcs e
agora à Inquisição. Melänias Turvaniön, o senhor do Templo Yeshua de Laurë,
localizado dentro das terras de Cadic, revela que a regente está facilitando o
trabalho da Inquisição e a própria se dispôs a procurar pelo terceiro templo
élfico perdido, este pertencente ao Yeshua Galavant.
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Lady Ignite |
Quando
abordado sobre o assunto, o orc de nome Fulgore, o vermelho, suposto líder da
aldeia de Feradûr disse: “Merdas n’água. São o que os elfos são. Mas nem merda
boia para sempre”, ri satisfeito do próprio comentário e quis se certificar que
sua opinião seria expressada exatamente como havia falado.
Outra
discussão bastante recente, criada pelo excêntrico acadêmico Jackaby Maelstrom,
desaparecido desde a citação, foi inaugurada após a seguinte indagação: “Até
que ponto a Ordem Arcana de Mordae pode mergulhar o dedo no profundo poço da Inquisição?”
e isso gerou o início de um alarde que parece ter originado uma tribo de
duvidosos em relação ao tratado entre os humanos e o povo élfico. Eles se
nomeiam os “Negligentes pela causa” e muitos dizem que este movimento se
assemelha às motivações geradas pelos rebeldes à antiga Dragocracia.
Pobres lordes vingativos,
planejaram tanto suas vinganças que, após concluí-las, mal sabem eles que hão
de cair pelo mesmo motivo, declaro ao deparar-me com a pichação “Abaixo à
Elfocracia!” pintada nas paredes da gloriosa Torre de Draganathor.
Volke Dundrago, 18º dia do
mês da Quimera, Ano 21, V Era
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